A avaliação na sua vertente reguladora da aprendizagem assume cada vez maior importância, podendo tomar várias expressões na sua concretização. Quando desenvolvida pelo professor, a avaliação formativa, pode ocorrer em momentos diferentes, como seja no início de uma tarefa ou de uma situação didáctica – regulação proactiva –, ao longo de todo o processo de aprendizagem – regulação interactiva – ou após uma sequência de aprendizagens mais ou menos longa – regulação retroactiva (Allal, 1986). Quando desenvolvida pelo aluno, auto-avaliação, é entendida como um processo de metacognição, processo mental interno através
do qual o próprio toma consciência dos diferentes momentos e aspectos da sua actividade cognitiva.
Segundo Leal (1992) a avaliação deve estar de acordo com seis princípios:
a) princípio da coerência, a avaliação deve estar em consonância com as três componentes do currículo: objectivos, conteúdos e metodologias;
b) princípio da integração, onde a avaliação é vista como parte integrante da aprendizagem;
c) princípio do carácter positivo, a avaliação deve dirigir-se para aquilo que o aluno melhor sabe, ou melhor sabe fazer;
d) princípio da generalidade, por um lado, a avaliação deve dirigir-se a objectivos gerais de ensino, ao mesmo tempo que o aluno deve ser visto como um todo e não como um elemento dentro do colectivo, por outro, a escolha de uma forma ou instrumento de avaliação não deve ser feita em função da sua adequabilidade a uma classificação quantitativa, mas sim aos fins para os quais foi pensada;
e) princípio da diversidade, na avaliação o professor deve recorrer a múltiplas fontes de evidência do desempenho do aluno, permitindo dar resposta às características pessoais dos alunos;
f) princípio da postura, a avaliação deve acontecer num ambiente em que a confiança e a clareza imperem e em que as críticas e sugestões sejam entendidas como naturais.
Em suma é fundamental que a avaliação seja orientada para a promoção das aprendizagens e para a regulação do ensino do professor e da aprendizagem dos alunos, para isso tem de ser um processo participado e transparente ao mesmo tempo que surge de forma integrada com as práticas curriculares, ajudando a sua própria construção.
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