É preciso aumentar as interações entre estudantes e professores e é preciso que os docentes se preocupem em dar mais feedback aos alunos sobre os seus progressos, defende um relatório da OCDE sobre a educação em Portugal (10 de abril de 2012). Segundo a organização, a "avaliação sumativa" tem demasiada importância no país e o facto de não serem feitas observações sistemáticas dos métodos de ensino em sala de aula impede uma avaliação correta das melhores práticas pedagógicas.
O relatório, com 182 páginas, passa a pente fino o sistema educativo português, apontando sérias falhas na avaliação de escolas, alunos e professores. Sobre os rankings, o relatório da OCDE aconselha a que sejam disponibilizados uma série de informações sobre o background e a proveniência dos alunos, e não apenas as notas obtidas nos exames nacionais e locais, uma vez que esses números (interpretados isoladamente) não dão uma ideia clara dos progressos obtidos. Segundo a OCDE, e apesar dos progressos dos últimos anos, a educação em Portugal ainda está longe dos outros países da organização: apenas 30 por cento da população portuguesa completou o ensino secundário, comparado com uma média de 73 por cento nos países da OCDE. A média portuguesa sobe para 63 por cento se apenas forem considerados os alunos com menos de 25 anos, mas mesmo assim está muito longe dos valores médios da organização. Os valores de abandono escolar em Portugal são também dos mais altos entre os países da OCDE: segundo o relatório, 98,9 por cento dos alunos entre 25 e 34 anos que abandonam a escola antes de terminar o secundário têm pais com escolaridade baixa, o que demonstra a ainda grande diferença entre classes sociais no acesso à educação em Portugal.
Entre as principais críticas deste relatório da OCDE ao ensino em Portugal está o facto de não haver comparações dos trabalhos dos alunos dentro das próprias escolas, com outras escolas da região e mesmo a nível nacional. "Deve ser dada prioridade ao reforço dos processos de moderação dentro e entre escolas para melhorar a credibilidade das avaliações feitas pelos professores", escrevem os responsáveis do relatório.
Entre as principais críticas deste relatório da OCDE ao ensino em Portugal está o facto de não haver comparações dos trabalhos dos alunos dentro das próprias escolas, com outras escolas da região e mesmo a nível nacional. "Deve ser dada prioridade ao reforço dos processos de moderação dentro e entre escolas para melhorar a credibilidade das avaliações feitas pelos professores", escrevem os responsáveis do relatório.
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